Diversas áreas foram afetadas por conta da pandemia de coronavírus, e no setor automotivo não foi diferente. Saiba como o esporte está enfrentando a questão e quais mudanças importantes serão necessárias para que ele continue performando de maneira segura.
A Confederação Brasileira de Automobilismo suspendeu as competições em março, preservando a saúde de todos os envolvidos. Desta forma, o último evento no país foi a Copa Porsche, que aconteceu em Interlagos (São Paulo).
O calendário da Fórmula 1 foi um dos que mais sofreram mudanças por conta da pandemia. O GP da Austrália, por exemplo, foi cancelado e as corridas do Vietnã, Barein e China foram adiadas. Segundo Ross Brawn, o diretor da Fórmula 1, caso as férias de verão (em agosto) sejam suspensas, haverá a possibilidade de completar o calendário com suas 21 corridas.
Além disso, a situação também prejudicou os canais televisivos.Visando preservar a segurança dos profissionais de redação, as equipes foram reduzidas drasticamente e as programações ao vivo, à respeito do esporte a motor, estão temporariamente fora do ar.
A Federação Internacional de Automobilismo informou que as próximas temporadas do esporte contará com diversas alterações, tanto na competição quanto nas regras técnicas. A ação possui o objetivo de diminuir danos resultantes da crise que a pandemia gerou, o que incluirá limite de orçamento e até monopostos que, passarão a ser mais pesados.
A organização anunciou que o novo teto de gastos irá evitar que equipes de níveis mais baixos sejam prejudicadas. As mudanças que mais se destacam são o “congelamento” de peças e um sistema de “fichas” que irá limitar o desenvolvimento.
Na temporada atual, onde as mudanças não são oficiais, existe a inclusão de limites no progresso da unidade de potência. Para o próximo ano, provavelmente, os assoalhos serão mais simples e o peso dos monopostos serão aumentados, tendo um mínimo de 749 quilos.
Essas medidas foram aceitas e apoiadas por todas as equipes, em uma reunião do Conselho Mundial do Esporte a Motor, realizadas por videoconferência.
Charles Leclerc, piloto da Ferrari, comentou acreditar que o retorno da Fórmula 1 com uma redução no número de corridas pode resultar em riscos para os corredores, já que aumentará suas chances de triunfo no torneio. Segundo o piloto "Com cada vez menos corridas, as pessoas vão querer correr mais riscos. Então, podemos ter algumas surpresas e será emocionante assistir. Estou certo que a Mercedes e o Lewis ainda são os favoritos, mesmo em um campeonato de oito corridas, mas provavelmente todos nós vamos arriscar um pouco mais na pista - estratégias arriscadas, ultrapassagens arriscadas".
O calendário de GP’s que ainda não foram adiados está da seguinte forma:
Uma das possíveis alternativas é realizar as provas com portões fechados. De qualquer forma, em circunstâncias gerais, segue sendo necessário evitar aglomerações, visando eliminar o vírus de uma vez por todas.